sexta-feira, janeiro 16, 2009

A falta de limite da modernidade.


Inspirado pelo Cardoso resolvi relatar um acontecimento que aconteceu anos atrás.

Não existe nada pior que criança chata. eu mesmo era bem chatinho, mas um chato divertido. Acima de tudo, não era desobediente e isso já é um bom alívio. Eu era o tipo da criança estilo "Joãozinho" das piadas, então eu tinha uma tênue linha entre o chato e o sabido.

Mas eu vim falar de crianças chatas, que Graças a Deus meu afilhado não é, que não tem limites, não respeitam os outros e tem um pequeno reizinho na barriga.

Estava minha mãe e eu na fila do supermercado, ao lado um senhor de aproximadamente cinquenta (sem trema, viu Lula?) e cinco anos com seu carrinho de supermercado semi-cheio. Atrás dele tinha uma mãe de aproximadamente seus 30 e poucos e seu filho de uns 6 anos. A criaturinha irritante ficava tacando o carrinho dele no carrinho do senhor e ria alto. Incomodado com aquilo o senhor olhou pra mãe, que fingia nada ver, e reclamou direto com a criança pedindo para não fazer isso.

O menino, claro, não obedeceu e continuou a bater seu carrinho no do senhor. Eu não lembro quantas vezes o menino fez isso, mas se fazia de inocente quando o homem o fulminava com o olhar e repetia a dose quando ele se virava. Incomodado com isso o senhor gritou com a mãe "A senhora não ta vendo que seu filho está incomodando?". A mulher olhou para ele e respondeu que o menino era uma criança e que as crianças tem que ter liberdade para fazerem o que quiserem.

O supermercado inteiro emudeceu pra ver a discussão. O senhor ficou calado, olhou para a mulher e virou-se. Pegou uma garrafinha de água mineral, abriu, tomou um gole. Quando viu que a mãe não tava prestando atenção derramou a garrafinha d'água na cabeça da criança. A mulher ficou louca, a criança abriu o berreiro e a mãe começou a gritar com o homem perguntando se ele era louco. O senhor olhou pra ela e gritou bem alto "Não sou louco, eu apenas fui uma criança que tive liberdade pra fazer o que queria". Essa hora foi massa, o supermercado começou a aplaudir o homem e a mulher constrangida foi embora sem ter passado suas compras carregando o chatinho chorão nos braços.

É esse tipo de atitude que falta nas pessoas hoje em dia. Possivelmente essa retardada meteria um processo no homem alegando constrangimento, um juiz de bom senso diria FODA-SE.

Onde o mundo vai parar se todo mundo só se preocupar em levar vantagem?

17 comentários:

Anônimo disse...

Isso foi apenas maravilhoso.

Sullyvan disse...

hahaha isso nunca acontece na minha cidade... maravilhoso...

Anônimo disse...

O senhor está de parabéns mesmo! Eu adoraria estar neste supermercado nesta hora...

Odeio crianças chatas, e mais ainda mães que as deixam fazer o que querem.

Rafagoom disse...

Morro de vontade de fazer isso com um filho de um casal amigo da minha família.

Anônimo disse...

PERFEITO! mandou mto bem!!!
Quem não odeia criança chata!? bem-feito! Devia ter jogado na mãe tbém!

Anônimo disse...

muito muito bom... uma cena que eu gostaria muito de ter testemunhado.

Moyers Lancaster disse...

Muito eficiente. Tem hora que dá vontade de meter uns tabefos nesse tipo de criança.

@cristianoweb disse...

Eu mesmo tenho dois filhos e aceito que crianças precisam de liberdade para aprender, conhecer texturas, alturas, cheiros, sabores, mas nunca de ferir o Direito do próximo, seja ele qual for e para quem for. Para tudo há limites. O que faltam nos pais de hoje em dia é "CRIATIVIDADE"! É uma geração de pais feitos nas coxas que não sabe lidar com o movimento ultra veloz de hoje em dia e "tomam caldo" dos filhos e ainda acham graça! Vivemos numa época em que crianças fabricadas como "Maysa" do SBT são atrações! Lamentável!

Se eu estivesse na fila com certeza cairia na gargalhada!
Parabéns pelo post!

Thiago Soares disse...

SHOW!

Anônimo disse...

Perfeito!

Pena que na minha cidade as pessoas em volta ficariam do lado da mãe.... como odeio essa cidade...

Anônimo disse...

Simplesmente fantástico! E certamente irei carregar isso comigo caso eu precise aplicar em alguma situação parecida ahauahauahaua
Sensacional!!! Também queria ter estado lá nessa hora... Palmas para o tiozinho!!!! :D

Anônimo disse...

Adoro...
pessoa sábia.

Anônimo disse...

Eu tenho uma irmã CHATA... isso me dá boas ideias :D

Gostei do seu blog, abraços.

João Ferreira disse...

Não existe criança chata e sim filhos sem limites.

Sua história prova isso.

C#rtografia disse...

Parabenizo o senhor e o post. Porém percebo nos comentários que para vários isso serviu como um simples exercício de indignação. Crianças são necessariamente chatas, é o processo de aprendizagem deles afinal vivem em um mundo estranho. Sou do tempo em que a gente aprontava sabendo que iria apanhar depois, ou seja, educava-se no sentido de se fixar a noção de consequencia... e muitas vezes a surra valia a pena. Algo muito diferente da participação limitada de muito pais seja pelo uso da crítica, do abandono ou do excesso de liberdade. Detesto crianças estúpidas mas só um pouco mais do quanto detesto crianças obedientes.

Anônimo disse...

Fico extremamente aliviado de o resto do pessoal no supermercado ter tomado o lado do senhor e não da mãe do pestinha. Adorei a história, gostaria mais ainda de tê-la presenciado! :D

Diego Camara disse...

Nunca vi uma atitude melhor.

Viva ao senhor!