Ah que saudades que eu tenho...

da aurora da minha vida
da minha infância querida,
que os anos não trazem mais!

Ontem quando caia o maior toró, desabafa o céu(literalmente) aqui na capital do sol, eu me vi há 20 anos atrás na minha meninice, como no poema acima de Casimiro de Abreu, doido pra tomar banho de chuva.

De quando a minha maior preocupação era essa: juntar a galera e brincar na chuva. Até me vi todo molhado, andando nas pontas dos pés para a mamãe não me flagrar feito pinto molhado e mandar tomar banho pra não pegar pneumonia, quando fiquei encarando a porta.

E é justamente nessa hora, quando a gente se pega lembrando de coisas que já posso considerar antigas, que o tempo passou, e foi rápido demais.

Saudades eu tenho, muitas. Mas principalmente eu tenho de não ter responsabilidades e preocupações com nada.

Mas é isso mesmo, a gente cresce. E rápido demais.

Nasce uma estrela

Porque tem gente que tem que aparecer? Não é brilhar, é APARECER mesmo.
Nem todo lugar é palco ou reflete a ribalta, custa entenderem isso?
Muito menos na faculdade. Não tô la pra ver showzinho.

Credo, e é doutor.
Eu já sei o que a bahiana tem.

Um exemplar único

As vezes eu me sinto solto no mundo.

Não solto de abandonado, mas como se fosse um exemplar único. Como se meus olhos me permitissem enxergar coisas que as outras pessoas não vêem.

Não estou dizendo que assim eu seja o melhor exemplar, não é isso. Mas as vezes sinto como se não pertencesse a essa realidade.

Solto, apenas.

Começou

E foi um começo bem difícil, adimito.

Mas enfim, comecei a monografia. Não tenho um temazinho definido com palavras difíceis, ainda. Tenho um apunhado de idéias e informações que tenho que organizar, depois tenho que estudar sobre um ou dois assuntos (ueba!) e escrever. Mas comecei o 1° capítulo.

Não foi fácil, aquela vontade de saltar da janela bateu forte nos primeiros trinta minutos. Acho que eu até teria saltado "de cum força" se não me lembrasse que morava no 1° andar, aí, só se fosse de cabeça :P

O que mais me desesperou não foi a síndrome de Peter Pan, nem o medo de me deparar com um canudo na mão e o desemprego na outra, mas foi algo que aconteceu hoje.

É incrível como existem pessoas que, aconteça o que acontecer, gostam de prejudicar. Pode parecer meio pedante eu falar isso, mas não consigo me esquivar do pensamento de que existe uma pontinha de maldade.

Qualificação. Essa palavra horrenda causa náuseas em nós, estudantes. é quando a gente vai lá na frente, perante os formandos e os orientadores e dizemos nosso tema. Até aí tudo massa, mas logo depois somos bombardeados com sugestões e críticas. Tá certo que a galera da publicidade é mais boa praça que a do jornalismo (aham!), e realmente se esforça para fazer críticas construtivas, mas as vezes dá pra ouvir o chocalho da cauda.

Foi isso. Odeio falar em público, faço, mas detesto. Inseguro às pampas. Então vem a cassaca de uma professora e diz "Eu acho a idéia maravilhosa, mas acho que não vai dar tempo. você tem que entregar até junho."

Fuck you! Caralho, essa cassaca não tinha nada melhor pra falar não? Não poderia dizer a mesma coisa sem parecer escrota? Também não respondi nada, afinal, pra que ganhar uma inimiga que pode ser membro da minha banca?

Mas ta aqui, entalado. Um sapo enorme e escroto.