domingo, dezembro 13, 2009

o rumo da vida


Final de novembro consegui tirar alguns dias de férias. Notícia boa, principalmente para quem está acostumado a um ritmo tão grande de trabalho que já começa a ser chamado de workaholic pelos colegas de trabalho.
Sinceramente, hoje, o trabalho é minha vida. Ele me preenche por inteiro, não deixa minha cabeça vazia pensando besteira, me faz sentir útil e me deixa muito satisfeito com os resultados alcançados.
Sei que tem me afastado um pouco das pessoas, pois vivo furando saídas, não podendo estar presente em alguns eventos e até em datas importantes. Não sei se entendem, mas enfim, é uma escolha que fiz para poder no futuro tentar ter alguma estabilidade. Mas existe uma coisa boa nisso, eu passei a conseguir enxergar quem são os meus verdadeiros amigos. Aqueles que mesmo eu furando continuam me ligando para que eu saia com eles. Aqueles que mesmo eu sendo ríspido quando não posso atender uma ligação entendem e perguntam se está tudo bem. Normalmente eu respondo com um "agora está", e as vezes fico me perguntando se não deveria pedir desculpas por essa ausência.
Ontem mesmo conversando com minha Comadre perguntei o que ela queria que eu desse de presente para meus afilhados no Natal. Acho legal perguntar do que encher a criança de brinquedo podendo dar algo mais útil que eles estejam precisando e tirando esse ônus dos pais. Ela disse que pro J.A. eu desse uma toalha de banho (temática de super herói, óbvio), mas para o Petrus não precisava nada, ele não estava precisando de nada e ainda era muito pequenininho (o afilhado loiro tem 3 meses). Eu falei que queria dar algo, principalmente que com ele sou mais ausente do que fui com o J.A., que pegou o Dindão numa fase light. Mas tenho que me policiar, pois não devo querer preencher com coisas materiais minha ausência.
Foram somente dez dias de férias, ao lado de um amigo querido em que tive o prazer de apresentar meu Ceará. Me reaproximei de um amigo querido, que andava um pouco sumido e conheci um casal de paulistas muito bacanas. Amizade de férias viram verdadeiras? Espero que sim.
Foram dez dias bem intensos, com viagens e saídas e me perguntei várias vezes o porque pareceu tão pouco. Fiquei achando que eu vivi pouco esses dez dias. Preciso de mais? Certeza, mas não sei se terei outra oportunidade tão cedo. Quero voltar à Duna de Jeri, fazer uma oração no pôr-do-sol e pedir a Deus que continue me guiando pelo caminho do bem e me protegendo de todos os males. Sentir o calor do astro-rei tocar minha pele e me envolver na energia maravilhosa que ele emana.
Bruno, querido, obrigado pela companhia fantástica e desculpe qualquer coisa desse velho coração asgardiano.

foto: pôr-do-sol na duna de Jeri, por mim mesmo.

Um comentário:

Quertzacoalt disse...

Acho que uma das coisas que mais me complicou a vida foi equilibrar trabalho e vida externa (amigos, namoro, família).

Chegou um momento em que tomei uma decisão e priorizei uma das coisas. Depois de um tempinho, as demais foram se ajustando, de forma que a balança ficou quase que perfeitamente equilibrada. Sou muito grato por isso.

Tenho certeza que contigo não será diferente. De fato, optar por investir no trablho é uma decisão ousada. É complicado fazer com que os outros entendam que a ausência momentânea seja necessária para uma presença futura. Mas como tu mesmo disseste: os relacioamentos verdadeiros compreendem isso. E identificar essa postura nas pessoas amadas é extremamente gratificante.

Só não podemos confundir cumplicidade de amizade com pouco caso. (E sabes bem a que - e sobre quem - me refiro, pois conversamos muito tempo sobre isso). Mas, caso isso seja identificado, também não é de tudo ruim; pois, serve de indicador sobre em qual relacionamento vale a pena continuar investindo. Afinal, a regra da economia cái como um luva aqui: investir sem ter retorno é jogar dinheiro no lixo (e atenção/amor é moeda rara).

Também terminei a visita com a impressão de que poderia ter aproveitado mais. Mas acho que isso é normal. Tudo que é intenso demais passa essa percepção. Pelo menos é o que me parece, ao fazer a retrospectiva. Não é à toa que temos o bordão "tudo que é bom dura pouco".

Maninho, como já tinha dito, só tenho a agradecer pela acolhida. Não há nada por quê se desculpar. Os passeios foram ótimos e a companhia excelente. E, entre irmãos, muita coisa se explica sem necessidade de palavras!
=)