Eu sempre fui uma pessoa que se orgulhava de dizer que não se arrependia de nada do que fez. Dizia muito que me arrependia do que não havia feito, mas do que havia? Jamais. Não é que hoje eu tenha feito algo que me arrependa, sempre tem. A verdade é que se eu me arrependo corro atrás de desfazer, seja um pedido de desculpas a um amigo querido, seja uma mão amiga quando fingi que não vi que precisavam, seja a palavra dita no ímpeto da raiva. Enfim, seja qual for o motivo, eu me faço voltar atrás e consertar o que acho que foi imperfeito, de minha parte.
Para isso eu não preciso de uma máquina do tempo, é verdade. Eu preciso de máquina do tempo pra resolver o que não falam pra mim. Descobrir o porque as pessoas se distanciam e (tentam) fingir que está tudo bem se estão magoadas comigo, ou quando decisões a meu respeito são tomadas quando estou à revelia.
Eu não deveria me importar com isso, mas me importo. Infelizmente. Seria mais fácil levar a vida ignorando e ligando o foda-se, o problema é que sou o tipo de cara que gosta de quando tudo está bem. Que gosta de voltar atrás na palavra dita, que gosta de resolver as coisas, que não tem medo de pedir perdão - quando acha que deve pedir perdão. Pedir desculpas só quando tem culpa no cartório, pois não dá pra se abaixar sempre. O ditado "quem muito se abaixa o fundo aparece" citado por todas as vovós é muito válido.
E me dói muito, de verdade, quando (finalmente) percebo as coisas acontecendo e sei que uma conversa franca e sincera resolveria tudo. Aí é que a vida vira uma bola de neve e ficamos todos em nossos cantos, com saudade do que existiu e do que poderia existir. É sim, eu tenho saudades do futuro, porque mesmo que ele não aconteça, em meu coração eu só desejei o melhor, para os outros e, claro, pra mim também.
"Voltar atrás é melhor que se perder no caminho."
Nenhum comentário:
Postar um comentário